Newsletter Vet We Care: Leishmaniose Visceral Canina: atualizações no diagnóstico, controle e prevenção

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença grave, mas com a prevenção adequada e diagnóstico precoce, é possível proteger os cães e reduzir os riscos à saúde pública.

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Leishmaniose Visceral Canina: atualizações no diagnóstico, controle e prevenção

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Blog: Leishmaniose Visceral Canina – O que é, Como Diagnosticar e Prevenir

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença grave e zoonótica que afeta cães e pode ser transmitida ao ser humano. Causada pelo protozoário Leishmania infantum chagasi, a leishmaniose canina é prevalente no Brasil e traz desafios para a saúde pública e veterinária. Neste blog, vamos explorar os sintomas, métodos de diagnóstico e as formas mais eficazes de prevenção e controle da LVC.

O que é a Leishmaniose Visceral Canina?

A Leishmaniose Visceral Canina é transmitida principalmente pela picada de insetos flebotomíneos, como o Lutzomyia longipalpis, que se infectam ao picar cães já contaminados. O ciclo se completa quando o inseto transmite o protozoário a outros animais, incluindo seres humanos. Em cães, o parasita se instala em células do sistema imunológico, como os macrófagos, espalhando-se para vários órgãos e tecidos, principalmente linfonodos, fígado e baço​.

Sintomas da Leishmaniose em Cães

A LVC é conhecida por seus sintomas variados, que podem afetar múltiplos sistemas no organismo do animal. Entre os sinais clínicos mais comuns estão:

  • Problemas de pele: alopecia, dermatite, hiperqueratose nasodigital
  • Perda de peso e anorexia
  • Linfadenomegalia e hepatoesplenomegalia
  • Sintomas oculares: blefarite, uveíte e ceratoconjuntivite
  • Problemas neurológicos: casos raros podem apresentar manifestações neurológicas

Esses sintomas podem variar muito em intensidade e duração, dependendo do estado imunológico do animal​.

Diagnóstico da Leishmaniose Canina

O diagnóstico da LVC envolve diferentes métodos laboratoriais, sendo que cada um tem vantagens específicas:

  1. Parasitológicos: Identificação direta do protozoário em amostras de linfonodos ou medula óssea. Embora seja específico, sua sensibilidade varia com a carga parasitária.

  2. Sorológicos: Testes como ELISA e RIFI são amplamente utilizados, sendo o ELISA indicado para confirmação em áreas endêmicas. No entanto, o diagnóstico pode ser limitado pela janela imunológica, período em que os anticorpos ainda não são detectáveis.

  3. Moleculares (PCR): O PCR em tempo real é especialmente eficaz para identificar infecções precoces e monitorar a carga parasitária, oferecendo alta sensibilidade​.

Como Prevenir a Leishmaniose Visceral Canina?

A prevenção é a melhor maneira de proteger os cães da LVC. O método mais recomendado atualmente é a Dupla Defesa (Double Defense), que combina proteção externa e interna:

  • Proteção externa: Utilizar produtos repelentes e inseticidas, como coleiras, para impedir a picada dos vetores.

  • Proteção interna: A vacinação, especialmente com a Leish-Tec®, ajuda a estimular a imunidade do cão contra o protozoário. Esta é a única vacina aprovada no Brasil com essa finalidade e é altamente recomendada em áreas endêmicas​.

Outras práticas de controle incluem o combate ao vetor com inseticidas e a eliminação de cães sororreagentes em áreas de alto risco.

Tratamento e Cuidados para Cães Infectados

O tratamento da LVC é complexo e envolve o uso de medicamentos leishmanicidas, leishmaniostáticos e imunomoduladores. A terapia exige acompanhamento contínuo e controle rigoroso para manter a qualidade de vida do animal, já que a LVC é uma doença crônica. É importante que o tutor siga o plano de tratamento com rigor e realize exames periódicos para monitorar a saúde do animal.

Perguntas Frequentes

1. A Leishmaniose Visceral Canina é contagiosa para outros cães?

A transmissão direta entre cães é rara. A forma mais comum de contágio é pela picada do vetor.

2. A vacina Leish-Tec® é realmente eficaz?

Sim, a vacina ajuda a reduzir a carga parasitária e aumenta a imunidade do animal contra o protozoário, sendo uma excelente aliada em áreas endêmicas.

Conclusão

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença grave, mas com a prevenção adequada e diagnóstico precoce, é possível proteger os cães e reduzir os riscos à saúde pública. Fique atento aos sintomas e consulte o veterinário regularmente, especialmente se o seu cão vive ou visita áreas endêmicas.