Vet We Care / Blog Vet We Care /Newsletter Vet We Care: Leishmaniose visceral canina: Atualizações no diagnóstico, controle e prevenção.
Leishmaniose visceral canina: Atualizações no diagnóstico, controle e prevenção
Download arquivo completo
Em breve, você receberá o conteúdo diretamente no seu e-mail
Análise do Conteúdo
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma zoonose complexa e de ampla distribuição, causada pelo protozoário Leishmania infantum chagasi. A doença é transmitida principalmente por flebotomíneos, como Lutzomyia longipalpis, mas também pode ocorrer transmissão vertical, venérea e por transfusão sanguínea. Cães desempenham um papel importante na epidemiologia, pois podem infectar o vetor e contribuir para a disseminação da doença em áreas urbanizadas.
Principais Pontos do Documento:
Etiopatogenia: A infecção ocorre quando o protozoário é inoculado na pele do cão através da picada do flebotomíneo. No hospedeiro, a resposta imune é mediada principalmente pelas células T, com resposta Th1 associada ao controle da infecção e resposta Th2 associada à progressão da doença.
Sintomas e Manifestações Clínicas: A LVC apresenta sintomas variados, como alopecia, dermatite ulcerativa, linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, poliúria, polidipsia, distúrbios de coagulação e manifestações oculares e neurológicas. Esses sinais clínicos são inespecíficos, e a gravidade varia conforme o estágio da doença.
Diagnóstico: Inclui exames parasitológicos, sorológicos e moleculares. O diagnóstico sorológico utiliza o ELISA e RIFI para detectar anticorpos, enquanto o PCR permite identificar o DNA do parasito. Múltiplos métodos são recomendados para aumentar a precisão do diagnóstico, principalmente em áreas não endêmicas.
Estadiamento Clínico: A LVC é dividida em estágios de acordo com a gravidade clínica, desde o estágio I (doença branda) até o estágio IV (doença muito grave). Cada estágio apresenta um conjunto de sintomas e alterações laboratoriais específicos, que orientam o tratamento e o prognóstico.
Tratamento e Controle: O tratamento é multimodal, incluindo fármacos leishmanicidas e leishmaniostáticos, associados a suporte imunológico. A prevenção baseia-se no conceito de “Double Defense” (Dupla Defesa), que combina proteção contra o vetor com repelentes tópicos e imunização com a vacina Leish-Tec®.
Blog: Leishmaniose Visceral Canina – Causas, Sintomas e Tratamento
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença parasitária que representa um sério problema de saúde pública e animal no Brasil. Causada pelo protozoário Leishmania infantum chagasi e transmitida por flebotomíneos, a doença afeta diversos órgãos e sistemas dos cães. Neste blog, abordamos as causas, sintomas, diagnóstico e formas de tratamento e prevenção da LVC.
O que é a Leishmaniose Visceral Canina?
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma zoonose que afeta tanto animais quanto humanos. O principal vetor são flebotomíneos infectados, que transmitem o protozoário para os cães através da picada. Cães infectados podem disseminar a doença, tornando-se um importante reservatório, principalmente em áreas urbanizadas.
Sintomas da Leishmaniose em Cães
A LVC possui um amplo espectro de sintomas que variam conforme o estágio da infecção. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Pele: Alopecia, dermatite ulcerativa, hiperqueratose.
- Linfadenomegalia e Hepatoesplenomegalia: Aumento dos linfonodos, fígado e baço.
- Sintomas Gerais: Perda de peso, letargia, poliúria e polidipsia.
- Sinais Oculares e Neurológicos: Blefarite, uveíte, e em casos graves, convulsões.
- Problemas Hemorrágicos: Epistaxe, distúrbios de coagulação e vasculite.
Esses sinais clínicos não são específicos da LVC, o que torna o diagnóstico desafiador e reforça a necessidade de exames laboratoriais.
Diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina
Para diagnosticar a LVC, são necessários exames laboratoriais complementares:
- Parasitológico: Detecção direta do parasito em amostras de linfonodos ou pele.
- Sorológico: Testes como ELISA e RIFI, que detectam anticorpos contra Leishmania.
- Molecular (PCR): O PCR permite identificar o DNA do protozoário, sendo especialmente útil para infecções iniciais e monitoramento da carga parasitária.
O uso combinado de métodos aumenta a precisão do diagnóstico, especialmente em regiões não endêmicas.
Estadiamento Clínico da LVC
A LVC é classificada em estágios clínicos, que ajudam a definir o tratamento e prognóstico do paciente:
- Estágio I: Doença leve, com poucos sintomas e exames laboratoriais normais.
- Estágio II: Doença moderada, com sinais cutâneos e alterações laboratoriais leves.
- Estágio III: Doença grave, com sintomas como vasculite e anemia.
- Estágio IV: Doença muito grave, com insuficiência renal terminal e tromboembolismo.
Cada estágio requer uma abordagem terapêutica específica para garantir o melhor resultado para o pet.
Tratamento e Prevenção da Leishmaniose em Cães
O tratamento da LVC é multimodal, combinando medicamentos que combatem o protozoário e fortalecem a imunidade. A prevenção é essencial e inclui o conceito de Double Defense (Dupla Defesa):
- Proteção Externa: Uso de coleiras repelentes e pipetas para evitar a picada do vetor.
- Imunização: Vacinação com Leish-Tec®, que estimula a resposta imune do animal.
Esse protocolo reduz o risco de infecção e contribui para o controle da LVC em áreas endêmicas.
Perguntas Frequentes
1. A Leishmaniose Visceral Canina tem cura?
A LVC não é considerada curável, mas o tratamento adequado pode controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do pet.
2. Como posso proteger meu cão da Leishmaniose?
Utilize repelentes, vacinas e monitore regularmente a saúde do animal, especialmente em áreas endêmicas.
Conclusão
A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença complexa e grave que requer atenção e prevenção contínua. Com diagnóstico precoce e protocolos de proteção, é possível proteger seu pet e controlar a disseminação da doença. Consulte seu veterinário para saber mais sobre como prevenir e tratar a LVC.