Ehrlichia e Babesia: tratar ou não tratar? Eis a questão! – MV Simone Gonçalves

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Ciclo de Palestras Vet We Care - Ehrlichia e Babesia: tratar ou não tratar? Eis a questão! - MV Simone Gonçalves

Hemoparasitoses Caninas e Diretrizes Atualizadas de Diagnóstico e Tratamento

A palestra abordou as principais dúvidas e avanços no diagnóstico e manejo das hemoparasitoses caninas, com foco em erlichiose, babesiose e outros hemoparasitas comuns em cães. A apresentação, embasada nos guidelines mais recentes e estudos relevantes, destacou os seguintes pontos:

  1. Diagnóstico Clínico e Laboratorial:

    • A sorologia positiva não confirma diagnóstico isoladamente; é necessária correlação clínica.
    • O PCR é indicado para detecção ativa, mas sua sensibilidade varia conforme o estágio da infecção (aguda, crônica ou assintomática).
    • A análise hematológica (trombocitopenia, anemia, leucopenia) é essencial para identificar complicações.
  2. Tratamento:

    • A doxiciclina permanece como primeira escolha para erlichiose, embora não elimine completamente o parasita, mantendo o paciente como portador.
    • Para babesiose, o tratamento depende da espécie: imidocarb para Babesia canis vogeli e diminazeno para Babesia gibsoni.
    • Casos graves de babesiose podem requerer suporte intensivo devido aos efeitos colaterais dos medicamentos.
  3. Cura e Portadores:

    • Babesia canis vogeli é uma das poucas doenças com cura clínica e parasitológica. Já a erlichiose e outras hemoparasitoses deixam o cão como portador, podendo apresentar recidivas.
  4. Desafios Clínicos:

    • Manifestações inespecíficas e sobreposição com outras condições dificultam o diagnóstico diferencial.
    • Coinfecções (ex.: Babesia e Erlichia) requerem uma abordagem abrangente.
  5. Prevenção:

    • Uso combinado de coleiras e antiparasitários orais é recomendado para reduzir a transmissão por carrapatos.
    • Monitoramento regular é crucial para cães portadores, especialmente em áreas endêmicas.

A apresentação enfatizou a importância de integrar diferentes métodos diagnósticos, priorizar o bem-estar do paciente e individualizar os tratamentos. Além disso, destacou a necessidade de mais estudos para refinar os protocolos e compreender melhor as dinâmicas das hemoparasitoses.