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Ciclo de Palestras Vet We Care - Ehrlichia e Babesia: tratar ou não tratar? Eis a questão! - MV Simone Gonçalves
Hemoparasitoses Caninas e Diretrizes Atualizadas de Diagnóstico e Tratamento
A palestra abordou as principais dúvidas e avanços no diagnóstico e manejo das hemoparasitoses caninas, com foco em erlichiose, babesiose e outros hemoparasitas comuns em cães. A apresentação, embasada nos guidelines mais recentes e estudos relevantes, destacou os seguintes pontos:
Diagnóstico Clínico e Laboratorial:
- A sorologia positiva não confirma diagnóstico isoladamente; é necessária correlação clínica.
- O PCR é indicado para detecção ativa, mas sua sensibilidade varia conforme o estágio da infecção (aguda, crônica ou assintomática).
- A análise hematológica (trombocitopenia, anemia, leucopenia) é essencial para identificar complicações.
Tratamento:
- A doxiciclina permanece como primeira escolha para erlichiose, embora não elimine completamente o parasita, mantendo o paciente como portador.
- Para babesiose, o tratamento depende da espécie: imidocarb para Babesia canis vogeli e diminazeno para Babesia gibsoni.
- Casos graves de babesiose podem requerer suporte intensivo devido aos efeitos colaterais dos medicamentos.
Cura e Portadores:
- Babesia canis vogeli é uma das poucas doenças com cura clínica e parasitológica. Já a erlichiose e outras hemoparasitoses deixam o cão como portador, podendo apresentar recidivas.
Desafios Clínicos:
- Manifestações inespecíficas e sobreposição com outras condições dificultam o diagnóstico diferencial.
- Coinfecções (ex.: Babesia e Erlichia) requerem uma abordagem abrangente.
Prevenção:
- Uso combinado de coleiras e antiparasitários orais é recomendado para reduzir a transmissão por carrapatos.
- Monitoramento regular é crucial para cães portadores, especialmente em áreas endêmicas.
A apresentação enfatizou a importância de integrar diferentes métodos diagnósticos, priorizar o bem-estar do paciente e individualizar os tratamentos. Além disso, destacou a necessidade de mais estudos para refinar os protocolos e compreender melhor as dinâmicas das hemoparasitoses.